segunda-feira, 14 de maio de 2012

Principais Teorias sobre Aprendizagem Compreensão sobre o uso de computador na educação


Principais Teorias sobre Aprendizagem
Compreensão sobre o uso de computador na educação
Ao longo dos anos as transformações sociais, econômicas e tecnológicas impõem novas formas de ensinar e aprender. As tecnologias da informação vêm sendo crescentemente implantadas ao processo ensino - aprendizagem como ferramenta básica de mediação entre o indivíduo e o conhecimento.
            Quando se fala da história e evolução do uso de computadores no ambiente educacional são discutidas amplamente em termos do desenvolvimento e teorias psicológicas. Vários filósofos, psicólogos, educadores, neurocientistas, lingüistas, pesquisadores em Inteligência Artificial (IA) dentre outros buscam estudar essa implantação do computador dentro das salas de aula como mais um instrumento capaz de auxiliar no desevolvimento cultural e intelectual dos estudantes, e assim auxiliar os professores que, de acordo com suas interpretações, procuram adaptar teorias de aprendizagem e pressupostos conceituais a projetos e produtos informatizados. A compreensão das diferentes teorias de aprendizagem leva-nos a melhor identificar as opções declaradas nos diversos produtos de ensino auxiliado por computador, ao mesmo tempo em que nos permite avaliar a qualidade e os objetivos que determinam seu uso educacional. Com a implantação de computadores nos lares e escolas, aumentaram os inúmeros de programas voltados ao entretenimento e educação (games, software educacionais) que, podem ser utilizados como ferramentas didático-pedagógicas para o desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem, vêm possibilitando múltiplas formas de tratar o conhecimento e criar ambientes mais dinâmicos de aprendizagem.
            São muitos os recursos surgidos nas últimas décadas e que enriqueceram extraordinariamente as tecnologias educacionais, isto é, os meios colocados a serviço da escola. A informática aplicada à educação também possibilitou o desenvolvimento de muitos softwares auxiliares, não só para acompanhamento acadêmico-administrativo mas também para o gerenciamento de atividades escolares, pesquisas, comunicação entre professores e alunos e até mesmo para aplicação de testes de avaliação. Para o seu uso, o professor não precisa ser especialista em informática, mas deve ser um usuário alerta e crítico dos mesmos, deles obtendo o melhor aproveitamento possível para ampliar a interação entre alunos e o conhecimento.

Principais Teorias sobre aprendizagem

Diversas correntes de pensamento se desenvolveram, a fim de solucionar as principais interpretações das questões relativas à natureza da aprendizagem e essas questões remetem a um passado histórico da filosofia e da psicologia. Algumas delas são: a concepção empirista, a concepção racionalista, a concepção fenomenológica e humanista, a concepção interacionista, entre outras.
A corrente do empirismo tem como princípio fundamental considerar que o ser humano, ao nascer, é como uma "tábula rasa" e tudo deve aprender, desde as capacidades sensoriais mais elementares aos comportamentos adaptativos mas complexos (Gaonac’h e Golder, 1995). A mente é considerada inerte, e as idéias vão sendo gravadas a partir das percepções. Baseado neste pressuposto, a inteligência é concebida como uma faculdade capaz de armazenar e acumular conhecimento.
O desenvolvimento intelectual é determinado pelo meio ambiente, ou seja, pela força do meio e não depende do sujeito; é de fora para dentro. O empirismo, aliado ao positivismo, fundaram a base epistemológica e metodológica para o desenvolvimento do behaviorismo ou das teorias comportamentalistas.
Behaviorismo é um termo genérico para agrupar diversas e contraditórias correntes de pensamento na Psicologia que tem como unidade conceitual o comportamento, mesmo que com diferentes concepções sobre o que seja o comportameto.
A palavra inglesa behaviour (RU) ou behavior (EUA) significa comportamento, conduta. Os behavioristas de orientação positivista trabalham com o principio de que a conduta dos indivíduos é observável, mensurável e controlável similarmente aos fatos e eventos nas ciências naturais e nas exatas.
 John Broadus Watson (1878-1958) foi considerado o pai do behaviorismo metodológico, ao publicar, em 1913, o artigo “Psicologia vista por um Behaviorista”, que declarava a psicologia como um ramo puramente objetivo e experimental das ciências naturais, e que tinha como finalidade prever e controlar o comportamento de todo e qualquer individuo. Watson era um defensor da importância  do meio na construção e desenvolvimento do individuo. O s seus estudos basearam-se no condicionamento clássico, conceito desenvolvido pelo filósogista russo Ivan Pavlov (1849-1936), que ganhou o Prêmio Nobel de Medicina pelo seu trabalho sobre a atividade digestiva dos cães. Pavlov descobriu que os cães não salivavam apenas ao ver comida, mas também quando associava algum som ou gesto a “chegada de comida”. A este fenômeno de associação ele denominou de acondicionamento clássico. A partir das descobertas de Pavlov, houve um fortalecimento da investigação empírica da relação entre o organismo e o meio.
O behaviorismo radical foi desenvolvido não como campo de pesquisa experimental, mas sim uma proposta de filosofia sobre o comportamento humano que utiliza como referencia outros filósofos da ciência do século XX, seu principal autor foi o psicólogo americano Burruhs Sknner (1953), que desenvolveu os princípios do acondicionamento operante e a sistematização do modelo de seleção por conseqüências para explicar o comportamento. Na concepção empirista o Professor é conhecedor do assunto que deve transmitir o seu conhecimento de maneira objetiva e clara para o aluno. Já o aluno deve receber passivamente as informações, e ser cumpridor de ordens. Quanto as Atividade pedagógica, estas são organizações de estímulos para a obtenção de respostas a serem premiadas ou reforçadas.
Quando se trata da implantação de sistemas de informação nessa concepção as Instruções programadas centradas no conteúdo no qual o aluno é conduzido pelas instruções contidas no material e estímulo que provocam nele. Exemplos: instrução programada assistida por computador (Computer Aided Instruction – CAI), tutoriais, jogos entre outros.
Na concepção racionalista o padrão de comportamento é resultante de estruturas orgânicas inatas. Ela possui uma visão inatista do conhecimento, nela o termo gestalt é utilizado para abarcar a teoria da percepção visual baseada na psicologia da forma.
Opõe-se à concepção behaviorista   visto que na concepção estruturalista da Gestalt os estímulos só têm sentido se inseridos num campo de significações no qual a subjetividade predomina.
Na teoria da Gestalt afirma que não se pode ter conhecimento do todo através das partes, e sim das partes através do todo; que os conjuntos possuem leis próprias e estas regem seus elementos (e não o contrário, como se pensava antes); e que só através da percepção da totalidade é que o cérebro pode de fato perceber, decodificar e assimilar uma imagem ou um conceito.
Com relação à informática a relação dos pares não é reconhecida como favorecedora da aprendizagem. Cada estudante tem seu próprio ritmo de desenvolvimento e por conseguinte de aprendizagem. Já que não é possível modificar a natureza orgânica do desenvolvimento e como o aluno só aprende movido por seus processos internos, é tarefa do professor apenas a facilitação da aprendizagem, a qual é explicada pela presença de insights.
Quanto ao Softwares Educativos, alguns títulos expõem uma pergunta persistentemente numa determinada tela que só avança quando o aluno acerta a resposta (expectativa de um insight). Outro exemplo de procedimento comum é o de se apresentar a solução correta ao usuário que tenha errado a resposta a uma determinada questão, como se bastasse o contato com a resposta certa para que o aluno de imediato fosse despertado para aquele conhecimento ou dele pode-se se lembrar.
A concepção fenomenologia surgiu no final do séc. XIX e seu postulado básico é a intencionalidade, no qual ela tenta superar as tendências do racionalismo e empirismo, que surgiram no século XVII. Essa concepção busca superar a dicotomia racionalismo-empirismo ( razão-experiência). E condena a premissa empirista que afirma que tudo o que conhecemos vem dos sentidos, e não concorda com os racionalistas que acreditavam que tudo o que conhecemos vem de nós.
As teorias fenomeológicas e humanistas enfatizam a pessoa como um ser que se direciona e evolui através de suas experiências e valores, visando antes de tudo, ao seu próprio bem-estar neste mundo e à sua realização pessoal.
Seu principal objetivo na educação é propiciar uma aprendizagem significante, que não circunscreve a uma acumulação de informações, mas que provocque uma reorganização de toda a vida da pessoa; das emoções, da cognição, dos valores e das atitudes.
Mas para que ocorra verdadeiramente a aprendizagem, ela deve ser auto-direcionada pelo aluno,de acordo com seus objetivos. O professor se torna um facilitador da aprendizagem e não um transmissor de informações como na concepção anterior, e o ensino deve ser centrado no aluno, nas suas motivações e interesses. O aluno deve ter liberdade para aprender.
E finalente para que a aprendizagem ocorra énecessário uma boa qualidade comunicacional, o que requer compreensão e empatia entre as pessoas envolvidas.
Na concepção Interacionista o conhecimento é formado pelas trocas que o indivíduo realiza com o meio (conjunto de  objetos com os quais interagimos: aspectos físicos, socioculturais e afetivos, entre outros). Para adquirir conhecimento é necessário passer por um processo que deve ser construído pelo indivíduo durante toda a sua vida, poise le não está pronto ao nascer nem é adquirido passivamente graças às pressões do meio.
A concepção interacionista tem nos trabalhos de Piaget e Vygotsky grande expressão:
     Interacionismo sócio-histórico de Vygotsky:
     Interacionismo construtivista de Piaget:
Jean Piaget (1896-1980) introduz um “Terceira visão” representada pela linha interacionista que constitui um tentative de integrar as posições dicotômicas de duas tendencias teoricas que permeiam a Psicologia Geral – o materialismo mecanicista e o idealismo – ambas marcadas pelo antagonismo inconciliável de seus postulados que separam de forma estanque o físico e o psiquico.
            Lev S. Vygotsky construiu sua teoria tendo como base o desenvolvimento do individuo como resultado de um processo sócio-histórico, enfatizando o papel da linguagem e da aprendizagem nesse desenvolvimento, sendo essa teoria considerada histórico-sócial. Sua questão central é a aquisição de conhecimentos pela interação do sujeito com o meio.
No campo da informática essa concepção demonstra que a relação dos pares é valorizada com ênfase em trabalhos cooperativos. E o caráter cooperativo é atingido por meio da interação dos aprendizes entre si e com os professores permitindo aos menos capacitados a possibilidade de aprender com os mais qualificados, e estes por sua vez, avançarem mais na construção de seus conhecimentos.

Com base pode-se analisar a tabela abaixo que ressalta as Teorias de ensino aprenizagem:
                                                                                                                                                                                                                                                                                                        































Fonte: HEIDE, Ann e STILBORNE, Linda. Guia do professor para a Internet: completo e fácil. 2.ed. Porto Alegre : Artes médicas Sul, 2000. p. 28.

No novo modelo de Aprendizagem as aulas são centradas nos alunos, onde eles são investidos de poderes de aprendizes ativos, requer uma participação ativa dos alunos, no qual sua motivação é aprimorada, é necessário uma equipe de aprendizagem no qual há um comprtilharmento, o professor é um guia e a aula é dinâmica, e é reforçado o aprender a aprender nisso tudo a informatização é um auxilio primordial na geração atual.

Bibliografia

CARVALHO, José  S. F.  Construtivismo: uma pedagogia esquecida da escola. Porto Alegre: Artmed, 2001.

EICHLER, Marcelo L.; DEL PINO, José Claudio. Modelagem e implementação de ambientes virtuais de aprendizagem em ciências. 1998. Disponível em:

MOSER, Alvino.; MUGNOL, Marcio.; ASSIS.; Clero de. Tendências Pedagógicas no mundo contemporâneo. Curitiba: FACINTER, 2003.

OLIVEIRA, Celina C. de et al. Ambientes informatizados de aprendizagem: produção de avaliação de software educativo. Campinas: Papirus, 2001. (Série prática pedagógica).

VIEIRA, Fábia Magali S. Teorias psicológicas dos processos de desenvolvimento da aprendizagem. Disponível em: http://br.geocities.com/ntemontesclaros/teorias.htm

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